Adriano Macedo | Pescadas Expressas

sábado, 18 de maio de 2013

Ecodesign cria soluções amigáveis ao planeta


DESIGN VERDE


Você não precisa dominar as técnicas milenares do bonsai para cultivar uma mini árvore em casa. Esta é apenas uma das pescadas de hoje, depois de viagens expressas pelo mundo. O bonsai é ainda mais especial porque pode carregar o seu celular. É isso mesmo. A designer francesa Vivien Muller desenvolveu a Electree, um bonsai contemporâneo de aproximadamente 40 cm de altura cujas folhas são 27 pequenos painéis fotovoltaicos que captam a energia do sol e a convertem em eletricidade. A energia é armazenada numa bateria instalada na base (por baixo do "solo") e é capaz de carregar o dispositivo móvel por meio de entrada USB.  Ela desenvolveu também uma versão para espaços urbanos. Confira na foto a seguir.



Na mesma linha ecológica, o designer sueco Michael Edenius  criou o Clean Closet, um armário produzido com tecnologia molecular que verifica as impurezas dos tecidos das roupas e as limpa removendo partículas e odores. Ou seja, a limpeza ocorre sem o uso da água. O armário conceito foi desenvolvido para uma competição de design da Electrolux e foi finalista em 2010. A nova tecnologia promete substituir o cesto de roupa, as máquinas de lavar e secar, bem como os armários de grandes dimensões.



A versão 2013 da Electrolux Design Lab está em curso, com cinco projetos já escolhidos por votação popular: CarpClean (um capacho que faz a lavagem automática dos solados dos sapatos), o MusicYue (uma espécie de convertedor de poluição sonora em música), o Cellular Pillow (travesseiro dotado de tecnologia celular capaz de absorver dióxido de carbono e de liberar oxigênio, bem como de se livrar de bactérias e gases nocivos ao ambiente), o The world mirror (um espelho que permite experimentar diferentes estações do ano e lugares do mundo) e a Capsula Machine (máquina que faz cápsulas de chá). Para acompanhar a evolução do concurso, basta acessar o site http://electroluxdesignlab.com/en/.

De volta ao mundo das plantas, outro produto amigo do meio ambiente é o marcador de livro Sprout, em formato de brotinho de folha (nas cores verde, amarelo e rosa), desenvolvido pela Connect Design com material ecologicamente correto ao invés de papel.



segunda-feira, 13 de maio de 2013

A arte pop do café sobre rodas no Brasil

MARKETING E DESIGN POP


Estou de volta para falar de um mesmo assunto, porém com ares de brasilidade. No dia 16/03/2013, postei em Café sobre rodas as invenções sofisticadas de designers europeus para a venda de café expresso em carrinhos que circulam em Londres e na Alemanha (Velospresso e The Coffe-Bike). Ao passar no Vagão-Biblioteca, durante uma viagem ao Rio de Janeiro, leio na edição de maio da revista Almanaque Brasil, as versões coloridas que circulam desde os anos 1980 nas ruas de Salvador. É um desfile de imaginação e arte popular nos carrinhos conduzidos por empreendedores ambulantes que vendem cafezinho em garrafas térmicas. Eles fazem tanto sucesso por lá que, às vezes, se emparelham nas proximidades do Elevador Lacerda para a inusitada Cafeata, concurso organizado pela associação Viva Salvador. 

O mais importante, naturalmente, é chegar até o cliente. "De manhã, vendem em filas nos centros de saúde ou em repartições públicas. Pela tarde, percorrem bairros mais centrais e comerciais e, de noite, vão para os bairros residenciais, pois os porteiros são fregueses", informou a fotógrafa e pesquisadora Isabel Gouvêa à revista. Infelizmente, a matéria da está disponível apenas na versão impressa (edição de maio, ano 15, número 169).

Abaixo, a foto "Carrinho de café", criação do artista Paulo César de Jesus, hoje no acervo do Museu Afro Brasil, que atesta: ele foi o precursor desta arte, chegando a alugar suas obras para a filmagem do filme Ó pai, ó (filme brasileiro de 2007, dirigido por Monique Gardenberg, com roteiro baseado em peça de Márcio Meirelles que conta a história dos moradores de um cortiço no centro histórico do Pelourinho, em Salvador). Estrelado por Lázaro Ramos, Stênio Garcia, Wagner Moura, Dira Paes com os atores do Bando de Teatro Olodum).  

Na foto acima, Paulo César com outro carrinho nas ruas de Salvador, em exposição no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, na mostra "Design da Periferia", até o dia 29/07/2013. 






domingo, 5 de maio de 2013

Um tributo poético musical a Van Gogh


ARTES


Com pouco mais de um mês de atraso, o que é nada comparado com os 160 anos de nascimento comemorados em 30 de março de 2013, o Pescadas Expressas celebra a arte de Vincent Willem van Gogh (1853-1890), pintor pós-impressionista holandês, com uma canção-síntese.  A vida do pintor foi marcada por dramas pessoais e a fama só ocorreu após a morte dele, no início do século 20, quando suas telas foram exibidas em Paris, em março de 1901. A arte de Van Gogh influenciou várias frentes e "escolas" artísticas no século 19 como o expressionismo, o fauvismo e o abstracionismo. 

Para homenageá-lo, a música de Don McLean, cantor e compositor norte-americano que se tornou famoso pela canção American Pie (folk-pop que chegou rapidamente às paradas de sucesso nos EUA). A música deu nome ao disco lançado em 1971 e nele também está a música Vincent (mais conhecida como Starry Night, nome de famosa tela de Van Gogh), um tributo lírico e poético ao pintor. A composição de Don McLean expressa a grandeza de um gênio da arte, que pintava a escuridão da alma com mãos amorosas. 

Para ouvir a música, clique aqui

Para acompanhá-la, a letra segue abaixo:

Vincent

Starry, starry night 
Paint your palette blue and gray 
Look out on a summer's day 
With eyes that know the darkness in my soul 
Shadows on the hills 
Sketch the trees and the daffodils 
Catch the breeze and the winter chills 
In colors on the snowy linen land 

Now I understand what you tried to say to me 
And how you suffered for your sanity 
How you tried to set them free 
They would not listen, they did not know how 
Perhaps they'll listen now 

Starry, starry night 
Flaming flowers that brightly blaze 
Swirling clouds in violet haze 
Reflect in Vincent's eyes of china blue 
Colors changing hue 
Morning fields of amber grain 
Weathered faces lined in pain 
Are soothed beneath the artist's loving hand 

Now I understand what you tried to say to me 
And how you suffered for your sanity 
And how you tried to set them free 
They would not listen, they did not know how 
Perhaps they'll listen now 

For they could not love you 
But still your love was true 
And when no hope was left inside 
On that starry, starry night 
You took your life as lovers often do 
But I could have told you, Vincent 
This world was never meant 
For one as beautiful as you 

Starry, starry night 
Portraits hung in empty halls 
Frameless heads on nameless walls 
With eyes that watch the world and can't forget 
Like the strangers that you've met 
The ragged men in ragged clothes 
A silver thorn, a bloody rose 
Lie crushed and broken on the virgin snow 

Now I think I know what you tried to say to me 
And how you suffered for your sanity 
And how you tried to set them free 
They would not listen, they're not listening still 
Perhaps they never will